50 anos Missão Apollo 11
 

Este mês faz 50 anos que o homem pisou, pela primeira vez, na Lua. Entre as milhões de pessoas que acompanharam a transmissão da Apolo 11, várias crianças e adolescentes que se tornaram físicos, astrônomos, cientistas e professores universitários ainda são apaixonadas pelo feito histórico.
 

A missão, além de acirrar a rivalidade entre duas superpotência mundiais, Estados Unidos e União Soviética, serviu para trazer amostrar de solo, entre outros testes.
 

50 anos Missão Apollo 11

50 anos Missão Apollo 11
 

Além de levar os homens à Lua, a missão tinha o objetivo de transmitir mensagens de paz. Buzz Aldrin e Neil Armstrong escolheram pisar na Lua com um adesivo da Apollo 1. Ele foi selecionado para honrar o sacrifício dos astronautas Gus Grissom, Ed White e Roger Chaffee, que morreram em um incêndio durante os primeiros testes da missão. Eles também lembraram os adversários russos com medalhas soviéticas, em homenagem a Vladimir Komarov, que morreu na nave Soyuz 1 em 1967, e Yuri Gagarin, o primeiro homem a orbitar a Terra, morto em um acidente com um caça em 1968.
 

Aldrin e Armstrong entendiam que, embora os norte-americanos e os russos tivessem competido para ver quem chegaria primeiro à Lua, o sucesso seria dividido por todos. Por isso, eles também carregaram um pequeno ramo de oliveira de ouro, que mundialmente simboliza a paz, e um disco de silício do tamanho de uma moeda de US$ 0,50. Nele, estão gravadas mensagens do presidente dos Estados Unidos e líderes de outras 73 nações.
 

50 anos Missão Apollo 11

50 anos Missão Apollo 11
 
Algumas mensagens falam sobre a herança nacional de cada nação, outras exaltam a coragem dos três humanos que participaram da missão. O tom é intenso, orgulhoso e celebrativo, visto que a ideia deixar uma mensagem na Lua para a posteridade. Do Afeganistão ao Zâmbia, todas elas têm um tema comum: a paz.
 

De acordo com o biógrafo James Hansen, Neil Armstrong identificou suas três preferidas. O presidente da Costa Rica, J. J . Trejos Fernandez, disse esperar que a chegada ao satélite trouxesse “novos benefícios para melhorar o bem-estar da raça humana”. O rei belga, Baudouin, disse permanecer “profundamente consciente da nossa responsabilidade em relação às tarefas que podem ser abrir a nós no Universo, mas também as que ainda devem ser resolvidas nesta Terra, para trazer mais justiça e felicidade à humanidade”. Finalmente, o presidente da Costa do Marfim, Felix Houphouet-Boigny, pediu que os primeiros mensageiros humanos na Lua “se voltassem ao nosso planeta Terra e gritassem sobre o quão insignificantes são os problemas que torturam os homens quando vistos lá de cima”.
 

A mensagem do presidente do Brasil na época, Arthur Da Costa e Silva, que governou o país durante o período mais duro e brutal da Ditadura Militar, foi: “eu rezo a Deus para que esse feito brilhante da ciência permaneça sempre a serviço da paz e da humanidade”.
 

50 anos Missão Apollo 11

50 anos Missão Apollo 11

Mas por pouco todas essas mensagens não voltaram para a Terra com os astronautas. É que eles quase esqueceram de deixar os objetos por lá. Na verdade, de acordo com registros da NASA, só quando estavam subindo de volta para a nave é que acusaram o esquecimento. Eles atiraram o disco de cima da escada, que caiu na superfície lunar sem pompa ou circunstância especial.
 

O que chama mais a atenção, porém, não é nem o fato de que os astronautas quase esqueceram de deixar o disco na Lua. Afinal, eles estavam bem ocupados sendo os primeiros humanos a chegarem lá. O que é estranho é que a história foi esquecida por nós. Dois dos mais populares filmes sobre a Apollo 11 lançados ano passado, Primeiro Homem e Apollo 11, sequer mencionam as mensagens de paz que ficaram na Lua.
 

50 anos Missão Apollo 11
 
Assista o vídeo da Missão Apollo 11 na Lua
 


Fonte: Revista Galileu

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