A série de TV Doctor Who completou 50 anos em 2013. Produzido pela BBC, é o programa transmitido há mais tempo e para mais países no mundo. No Brasil, o seriado foi exibido pela TV Cultura (uma pena terem tirado da programação) e pelo canal BBC HD. Para marcar a data, foi transmitido simultaneamente um episódio especial em 80 países.
 

O protagonista da série é o Doutor, um viajante no tempo e no espaço que pode se regenerar antes de morrer e mudar sua aparência física e sua personalidade, ainda que conservando sua história e suas lembranças.
 


Esse truque permitiu que desde 1963 tenham desfilado 11 doutores diferentes interpretados por 11 atores diferentes. E para aproveitar o número, conheça 11 curiosidades sobre a série Doctor Who, para que os novatos possam entender o fenômeno chamado Doctor Who.
 


 

1. Doutor Quem?
 

O Doutor é assim, sem nome nem sobrenome. Dessa maneira é como sempre vem se apresentando o enigmático viajante no tempo, um alienígena que, apesar de sua forma humana, pertence ao grupo dos Senhores do Tempo.
 

Seu nome verdadeiro jamais foi revelado. Ele se chama Doutor porque, em suas próprias palavras, para os Senhores do Tempo “o nome que você escolhe é como uma promessa que você faz”.
 

O Doutor é um personagem que busca a justiça e “curar” o universo de seus males. Como ninguém sabe seu nome, a pergunta constante é: “Doutor quem?” (em inglês, “Doctor who?”).
 

2. A Tardis
 

Sua nave espacial, que também é uma máquina do tempo, se chama Tardis, que é o acrônimo em inglês de Tempo e Dimensão Relativa no Espaço. Por fora, ela é uma cabine azul de polícia, semelhante às que existiam nas ruas da Grã-Bretanha nos anos 1960 (ela continha um telefone com o qual era possível se comunicar com a polícia), mas por dentro ela é muito mais do que isso.
 


 

Do lado de dentro, ela é uma nave espacial. Uma frase recorrente na série quando alguém entra na Tardis pela primeira vez é: “É maior por dentro”.
 

A história diz que as naves dos viajantes no tempo assimilavam a forma de um objeto do lugar ao qual chegavam para não chamar a atenção. Mas a Tardis do Doutor era defeituosa e ficou com a mesma forma ao aterrissar na Grã-Bretanha. Desde então, se tornou um ícone.
 

3. Os 13 doutores
 

Quando o ator que fez o primeiro Doutor, William Hartnell, começou a ter problemas de saúde, os produtores da série pensaram em uma forma de continuar o programa: o Doutor poderia se regenerar antes de morrer e mudar de rosto.
 


 

São 13 os atores que interpretaram o viajante, sendo que dois deles assumiram o papel pelos tempos mais longos. O quarto Doutor (Tom Baker), caracterizado por sua excentricidade e pelo cachecol colorido longo, ficou sete anos no papel, protagonizando 41 episódios diferentes.
 

O décimo Doutor (David Tenant), famoso por seu terno, por sua intensidade e pelos sapatos esportivos, manteve-se no papel durante cinco anos e 36 histórias diferentes. Talvez por isso, os dois são sempre eleitos como os mais populares Doctor Who nas pesquisas entre os fãs.
 


 

A atriz inglesa Jodie Whittaker, o 13° Doctor, foi a escolhida para substituir Peter Capaldi, que se despede do papel de 12º Doutor. Jodie é conhecida pelas séries britânicas Broadchurch e Black Mirror.
 

4. Os acompanhantes
 

Cada Doutor teve acompanhantes que viajam com ele na Tardis. Algumas vezes são mulheres, outras homens. Em geral, o protagonista costuma ter um acompanhante, mas em mais de uma ocasião ele contou com dois, três ou mais assistentes.
 

No fundo, o papel dos acompanhantes é o de representar a audiência. São personagens com os quais é fácil se identificar, na maioria das vezes humanos deslumbrados como nós com as coisas que o Senhor do Tempo é capaz de fazer. Além disso, eles servem de contrapeso para assegurar que o Doutor não faça nenhuma loucura e o resgataram em mais de uma ocasião.
 


 

Até hoje, mais de 35 atores e atrizes compartilharam o cenário com o Doutor. Entre os favoritos do público estão Sarah Jane Smith, acompanhante dos Doutores 3 e 4 interpretada por Elizabeth Sladen, e Rose Tyler, interpretada por Billie Piper, que viajou com os Doutores 9 e 10.
 

5. A era clássica
 

Hoje em dia, a série “Doctor Who” tem fãs em várias partes do mundo, mas tudo começou em 1963 com William Hartnell, o primeiro Doutor, viajando no tempo e no espaço em preto e branco. Nos primeiros anos, a série misturava episódios com fatos históricos com os de ficção científica. Mas logo a série se concentrou no futuro e no espaço.
 

Sete Doutores formam parte da série clássica, entre 1963 e 1989, quando ela parou de ser transmitida pela TV e continuou apenas em áudio, livros e revistas.
 


 

Desse período, 97 episódios, dos seis primeiros anos da série, estão desaparecidos, pois a BBC costumava destruir as fitas por não ter espaço para guardá-las e por sua relação com o sindicato de atores, que via com maus olhos a repetição dos episódios, considerada uma ameaça para o trabalho de seus associados.
 

Os episódios que foram recuperados são normalmente de TVs estrangeiras que compravam os episódios.
 

6. Os inimigos
 

Exterminar!” é o grito de guerra dos mais poderosos inimigos do Doutor: os Dalek, seres mutantes que vivem em uma couraça de metal e vivem enfrentando o Doutor. Eles são considerados uma das chaves do sucesso da série, apesar de que por pouco não apareceram nela.
 


 

Os produtores originais não gostavam da ideia de ter monstros robóticos quando leram o roteiro com sua primeira aparição. Entretanto, como não havia tempo para escrever outra história, tiveram que mantê-los. Os Daleks se converteram em um sucesso instantâneo.
 

Aos Daleks, se somam os Cybermen, que são humanos dos quais foram retiradas as emoções para transformá-los em seres cibernéticos.
 

Outra menção honrosa na era moderna são os Weeping Angels, que são estátuas que só se movem quando ninguém as está vendo. São absolutamente aterrorizantes. Alguém se lembra do episódio “Não pisque”?
 

7. O filme
 

Em uma experiência, a BBC se aliou com a Universal e com a Fox para produzir um filme que estreou em 1996, para a alegria dos fãs que estavam havia sete anos sem “Doctor Who”. No filme, o sétimo Doutor se regenera no oitavo.
 

A trama não é nada do outro mundo, e o filme em geral é considerado “passável”, mas o oitavo Doutor capturou a atenção do público com seu estilo.
 

O Doutor de Paul McGann somente teve essa aparição na tela, mas se converteu em um ícone da mitologia da série. Como surpresa para os fãs, protagonizou recentemente o mini episódio “The Night of the Doctor“, que antecede o especial de aniversário.
 


 

8. As histórias renegadas
 

Dois filmes e uma série animada formam parte da história do “Doctor Who”, mas não de sua mitologia.
 

Peter Cushing, famoso pelo seu papel como governador do Império Galático de Star Wars, protagonizou dois filmes nos anos 1960: “Dr. Who and the Daleks” (1965) e “Daleks – Invasion Earth: 2150 A.D.” (1966), baseadas no “Doctor Who”, mas com alterações importantes na história.
 


 

Uma série animada chamada “Scream of Shalka” foi anunciada em 2003, com o nono Doutor, sete anos após a última aparição do personagem, com o filme oficial.
 

Mas poucas semanas após seu lançamento, a BBC anunciou o retorno oficial de “Doctor Who” às telas de TV com o nono Doutor, fazendo com que os fãs descartassem o personagem animado com o nono Doutor.
 

9. A ressurreição
 

O anúncio da volta do Doutor foi a melhor notícia para os fãs. Em 2005, o “Doctor Who” voltou às telas de TV em sua nona encarnação, protagonizada por Christopher Eccleston.
 

Para justificar sua ausência e a falta de uma regeneração do oitavo Doutor, os escritores decidiram que teria havido uma “Guerra do Tempo” entre os Daleks e os Senhores do Tempo e que o Doutor teria acabado com a guerra e com as duas raças, deixando-o como o último Senhor do Tempo.
 

A série moderna já teve quadro Doutores, mais o décimo primeiro Doutor, interpretado por Matt Smith, será regenerado em um especial de Natal para dar lugar ao décimo-segundo, protagonizado por Peter Capaldi. E, o último Doutor, o décimo terceiro, pela atriz inglesa Jodie Whittaker.
 


 

Desde seu reinício, a série sempre obteve altos índices de audiência. Entre os mais de 600 episódios transmitidos, o de maior audiência na Grã-Bretanha foi “City of Death”, de 1979, com Tom Baker no papel principal e escrito por Douglas Adams (autor do clássico de ficção científica “O Guia do Mochileiro das Galáxias”). Mais de 16 milhões de britânicos, ou seja, mais de uma a cada quatro pessoas no país, assistiram à transmissão do episódio.
 

10. O fenômeno global
 

A fama da série é tamanha que na atualidade o “Doctor Who” é um dos programas da BBC de mais sucesso no mundo, ao lado do automobilístico “Top Gear”. Ela é transmitida em dezenas de países.Na Grã-Bretanha, a série é considerada cult, e seus fãs são conhecido como “Whovians“. Por ser uma série acompanhada por várias gerações diferentes, se converteu em parte da cultura britânica.
 


 

Mas esse fenômeno também se expandiu para outros lugares. Nos Estados Unidos há uma grande base de fãs, e nos países latino-americanos também existem vários grupos organizados de seguidores da série.
 

11. O 50º aniversário
 

O sucesso global aumentou ainda mais com o 50º aniversário da série, no dia 23 de novembro, exatamente no mesmo dia –600 meses atrás– que o programa estreou na TV.
 

O episódio foi transmitido simultaneamente em 80 países do mundo, com uma audiência de mais de 100 milhões de fãs ao mesmo tempo. Além disso, será foi projetado em 1.300 salas de cinema em várias partes do mundo.
 

Se você ainda não viu, independente de ser fã de ficção científica, assista. Além de ser leve, tem sempre uma moral na história. Bom para os tempos atuais! 😉
 


 

Para quem quiser saber mais sobre a série, pode acessar o canal YouTube Doctor Who www.youtube.com/doctorwho
Fonte: Folha Uol
 

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